Como curador, ter a possibilidade de realizar duas mostras simultâneas no Espaço dedicado a arte do Centro Universitário Mariantônia é um privilégio, como um resgate do tempo ...a Batalha da Maria Antônia, como ficou conhecida o confronto entre estudantes da Faculdade da Universidade de São Paulo e da Universidade Mackenzie, ocorrido em 3 de outubro de 1968, foi um momento que ficou marcado na história, pelo direito a conquistas democráticas e liberdade de expressão, um direito de todos que só foi conquistado apôs muitas lutas ... Liberdade é inerente à almado artista, é a sua razão de ser, tem na liberdade o seu maior triunfo.

 

Quero aqui me dedicar ao grupo “Usina 14”, em parte formado por contemporâneos de 1968, que apresentará a EXPO 1705 USINAQUATORZE COLETIVA DE ARTE. Formado por um grupo que agrega artistas convidados em suas exposições, desenvolve e favorece assim uma interação e novas relações entre obras, artistas e conceitos múltiplos, gerando uma troca de experiências entre todos os participantes, o artista e sua batalha pela arte, a boa arte, que nos faz pensar e questionar valores e caminhos.

 

Na mostra atual teremos a participação de 10 artistas: Altina Felício, Ana Maria Bomfin Pitiu, Ângela Barbour, Carlos Adissi, Cauê Rodrigues, Christophe Spoto, Denize Quinsler, Flávio Zabotto, João Manccini e Walkiria Pompermayer.

 

Nesse contexto e formação, surgem uma multiplicidade de técnicas, pesquisas e reflexões contemporâneas. A arte cumprindo o papel social de provocar questionamentos propondo reflexões com simplicidade e encantamento. São pinturas, desenhos, cerâmicas, gravura em metal, instalações e performance.

 

O Centro Universitário Maria Antonia está instalado nos edifícios históricos que abrigaram a antiga Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP.

 

Em mais de duas décadas de atuação multidisciplinar, conquistou um lugar próprio entre as instituições culturais da cidade, orientando-se por um conceito abrangente de formação. Desde 1999, o Maria Antonia, como é conhecido, mantém um programa de exposições de arte com cerca de 20 mostras por ano, com a diretriz geral de reunir artistas contemporâneos de gerações diversas, dando espaço às mais diferentes técnicas e áreas de produção, além de mostras de arquitetura e de retrospectivas que visam a discussão sobre o passado recente da arte brasileira.

 

Carlos Augusto Rossi de Almeida